Por falas homofóbicas, apresentador Gilberto Barros é condenado a dois anos de prisão

1 min


Reprodução

“Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz”, disse o apresentador Gilberto Barros em um vídeo no seu canal Amigos do Leão no Youtube sobre o fato de presenciar o beijo entre dois homens.

O comentário foi feito pelo apresentador em 2020, quando Gilberto Barros falava da época em que trabalhava na Rádio Globo na década de 80 e tinha que presenciar “beijo de língua de dois bigodes”, já que existia um local para o público LGBT próximo à rádio.

Por causa das falas homofóbicas, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), em decisão proferida pela juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira, condenou Gilberto Barros a dois anos de prisão. A pena, por ser inferior a quatro anos e pelo fato de Barros ser réu primário, levou à substituição da prisão por medidas restritivas de direito. Barros deve prestar serviço à comunidade pelo tempo da punição e pagar cinco salários mínimos, que serão revertidos na compra de cestas básicas para organizações sociais.

Os advogados de Gilberto Barros negaram a acusação de homofobia e disseram que o apresentador, “por causa do seu sangue italiano, costuma falar muito”, mas “jamais teve a intenção de incitar a violência”.